Fonte: Tribunal de
Justiça de São Paulo – 08.04.2015
A 3ª Vara Criminal de São José
do Rio Preto condenou, na última segunda-feira (6), uma das quatro
profissionais de saúde acusadas pela morte de uma estudante de 21 anos em 2011,
após realização de procedimento para doação de medula no Hospital de Base. A médica recebeu a pena de
dois anos de detenção, em regime inicial aberto, substituída pelo
pagamento de trinta salários mínimos aos ascendentes da vítima e de dois
salários mínimos para encaminhamento a entidades com destinação social.
“Restou comprovado que um paciente com um
quadro de hemorragia grave apresenta sinais que poderiam ser facialmente
identificados por um médico, tais como taquicardia, pulso fraco ou ausente,
pressão baixa, pele fria, palidez, dentre outros. Os experts foram incisivos em afirmar que o hemotórax é
uma das complicações possíveis do procedimento ao qual a vítima foi submetida,
sendo seguidos pelos demais profissionais ouvidos, inclusive as acusadas,
acrescentando que qualquer médico está apto a reconhecer sinais e sintomas que
retratem uma anormalidade como uma grave hemorragia, podendo diagnosticá-la
clinicamente e, quanto antes fosse instituída a terapia maiores seriam as
chances de sobrevida da vítima”, afirmou a juíza Luciana Cassiano Zamperlini
Cochito na sentença.
As outras três profissionais
acusadas pela morte da estudante – uma médica, uma enfermeira e uma auxiliar de
enfermagem – foram absolvidas. A magistrada entendeu que não existiam provas
suficientes para a condenação.
Cabe recurso da decisão.
Comunicação Social TJSP – SO
(texto)
imprensatj@tjsp.jus.br
* imagem meramente ilustrativa
(retirada da internet)
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